quarta-feira, 16 de abril de 2008
Postado às 19h43 de 16/04/2008
É tanta responsabilidade nas costas (ou no porta-malas) desses dois carros, que o único modelo da Renault líder de um segmento do mercado acaba sendo pouco comentado.
Trata-se da Mégane Grand Tour, uma station wagon que, de janeiro até o final de março, vendeu 1.266 unidades -- contra 1.084 da Toyota Fielder, 374 da Peugeot 307 SW e 95 da Volkswagen Passat Variant (esta somente até a 1ª quinzena do mês), os outros três carros que compõem o segmento das station wagons grandes, segundo os critérios da Fenabrave (federação dos distribuidores). No ano passado, a Fielder vendeu 8.500 unidades, e a Mégane Grand Tour, 5.800 unidades (esta semana, a Jetta Variant, da Volks, também entrou na briga).
Lançada no Brasil em novembro de 2006, a Mégane Grand Tour deriva do sedã homônimo, que a antecedeu em oito meses e que hoje -- provavelmente de modo injusto -- só assiste, e de longe, à disputa entre Honda Civic, Toyota Corolla e Chevrolet Vectra pela liderença entre os três-volumes médios.
Carros Rádicais avaliou a perua na versão única Dynamique, dotada do motor 2.0 16v (138 cavalos) a gasolina, com transmissão automática. Esse carro parte de R$ 73.510. Com trocas manuais, o preço cai para R$ 69.400. A Mégane Grand Tour pode também trazer o motor 1.6 litro bicombustível (110 cavalos com gasolina, 115 com álcool), e aí o preço fica em R$ 66.190.
O comportamento geral do carro agrada. Ele é grande (4,5 metros, suficiente para "sobrar" na maioria das vagas em que foi estacionado) e relativamente pesado (1.370 kg), mas mesmo assim é muito fácil de guiar.
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A transmissão automática não chega a dar trabalho ao motorista, mas é o ponto fraco da Mégane Grand Tour -- por ter apenas quatro marchas. É chato notar que, às vezes, ela segue em terceira numa rotação em que já teríamos colocado a quarta há tempos. Até porque isso gasta mais gasolina (o consumo médio, rodando 65% em cidade e o restante em estrada, ficou em torno de 8,5 km/l). Verdade que, com um deslocamento da alavanca para o lado, entra o modo seqüencial, e então mudam-se as marchas à vontade. Mas elas continuam sendo apenas quatro.
O que vem e quanto cabe
A versão Dynamique é bem completa, tanto que os únicos opcionais são o CD changer para seis discos e os bancos em couro. De série, há itens como computador de bordo (muito bom), piloto automático e limitador de velocidade, apoio de braço dianteiro, tela retrátil de cobertura no porta-malas (o que evita ruídos), chave-cartão e partida no botão, além de vários porta-isso e porta-aquilo espalhados pelo habitáculo.
Quanto às capacidades: a Mégane Grand Tour leva com muito conforto quatro adultos, ou dois adultos e três crianças/adolescentes. Três adultos atrás já ficam um tanto próximos demais uns dos outros. Já o porta-malas é grande, comportando 520 litros (1.600 se o banco for rebatido). Se a liderança no segmento depender só disso, ela supera de longe a Fielder, que carrega 411 litros.
Não é razoável esperar que uma perua grande dê um show de design, e esse também é o caso da Mégane Grand Tour. A dianteira é idêntica à do sedã, e a traseira, dominada pela enorme quinta porta, acaba lembrando a de carros mais antigos -- como algumas versões da Parati e da Santana Quantum. Mas é curioso reparar nas lanternas, que são incrustadas nas colunas, e perceber que o desenho delas lembra o das mesmas peças do Sandero.
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